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Economic Research Apesar do Aumento dos Riscos, o Crescimento Global Continuará Sólido em 2008 Os países em desenvolvimento continuam a ditar o ritmo do crescimento econômico mundial, uma tendência que deverá se manter em 2008. Embora as economias maduras também devam crescer, riscos significativos persistirão. Volume 9, Number 4 Fourth Quarter 2007 FEATURES A Look Ahead: Housing, Energy Squeezed in '08 The Southeastern Economy in 2008: A Region in Flux Despite Increased Risks, Global Growth to Remain Solid in 2008 Will Southeast's Water Woes Become Water Wars? DEPARTMENTS Fed @ Issue Q&A Research Notes & News A expansão econômica mundial que marcou 2006 e 2007 provavelmente diminuirá seu ritmo em 2008, em parte como reflexo do menor crescimento dos Estados Unidos. Ainda assim, de acordo com a maioria das previsões, a economia mundial continuará a experimentar um dos melhores desempenhos das últimas décadas. Não somente a expansão global atual tem sido a mais forte desde o começo da década de 70, como também os ganhos econômicos atuais têm sido amplamente distribuídos, e a maioria das regiões e países têm tido um bom desempenho de acordo com padrões históricos. Em 2008, os países em desenvolvimento, especialmente os da Ásia, devem continuar a liderar o crescimento global, enquanto a maioria dos países desenvolvidos, além dos Estados Unidos, provavelmente crescerá a um ritmo consistente, porém com mais lentidão (vide tabela 1). Tabela 1 Previsão de Crescimento do PIB Mundial Nota: Países Asiáticos em Desenvolvimento excluem a China e a Índia. Fonte: Fundo Monetário Internacional e Unidade de Inteligência da The Economist Staff A China isoladamente deverá responder por um quinto do crescimento mundial em 2008, quase tanto quanto todos os países da Europa Ocidental reunidos. O restante dos países asiáticos em desenvolvimento—que o Fundo Monetário Internacional define como todos os países asiáticos exceto Austrália, Japão e Nova Zelândia— deve contribuir com mais 15% para o crescimento do produto interno bruto (PIB) mundial previsto para igualar a contribuição dos Estados Unidos para o crescimento mundial em 2008 (vide tabela 2). BackGround Exportações em alta impulsionam as economias em desenvolvimento Southeastern Economic Indicators EconSouth Now Respaldadas pelo forte comércio intra-regional e pelos grandes carregamentos de mercadorias para países desenvolvidos, as exportações continuam a ser a força dominante que impulsiona as economias asiáticas É importante ressaltar que o consumo interno e os investimentos nas empresas de muitos países asiáticos estão contribuindo cada vez mais para seu crescimento econômico. Na China e na Índia, ainda as líderes em crescimento da região, os investimentos e os ganhos resultantes da produtividade continuam a ser os maiores impulsoniadores do crescimento econômico. De modo geral, o crescimento asiático provavelmente será um pouco mais moderado em 2008, em resposta ao arrocho na política monetária entre os governos da Ásia, a um crescimento menos robusto das exportações e ao crescimento levemente mais lento da China, que responde por 40% do PIB da Ásia. Recentemente, o governo chinês tentou conter a economia do país para evitar seu superaquecimento. Presumindo-se que os esforços do governo tenham êxito, provavelmente haverá uma desaceleração em 2008, embora ainda se espere que permaneça um crescimento de quase 10%. Related Links On the Web: International Monetary Fund Survey magazine World Bank Data on international residential property Dentre as demais economias em desenvolvimento, Brasil e Rússia estão se tornando global players markets cada vez mais importantes. Representam a segunda e a terceira maiores economias dos países em desenvolvimento, atrás da China e um pouco à frente da Índia. Tanto a Rússia quanto o Brasil são grandes exportadores de commodities. Na Rússia, petróleo e gás natural respondem por mais de dois terços das exportações e por quase um quarto da economia do país. Portanto, os altos preços das fontes energéticas devem continuar a manter seu crescimento econômico em 2008. Soja e produtos de metal estão entre os principais produtos exportados pelo Brasil, e ambos sofreram aumento acentuado de preço e provavelmente continuarão, no próximo ano, a figurar entre as principais fontes de renda do país. Muitos outros países da América Latina também são grandes exportadores de matérias-primas e continuarão a se beneficiar do boom mundial das commodities. Por exemplo, o Chile é o maior exportador mundial de cobre, a Venezuela e o Equador são grandes produtores de petróleo e produtos agrícolas respondem por um terço das exportações da Argentina. Crescimento moderado para as economias desenvolvidas Na Europa Ocidental o crescimento poderá diminuir no próximo ano, mas ainda é provável que a economia cresça até próximo de sua taxa estimada potencial de 2%. Muitos anos de reformas econômicas, tais como as reformas no mercado de trabalho, continuarão a promover crescimento nos 13 países da área do euro. A Alemanha - maior exportadora de mercadorias em termos de dólares - vem experimentando forte crescimento nos últimos anos e está a caminho de manter essa performance no futuro próximo. A economia alemã é altamente voltada às exportações, e uma forte demanda dos países em desenvolvimento por suas máquinas e equipamentos continuará a impulsionar sua economia. Estima-se que as economias em desenvolvimento devam crescer mais rapidamente em 2008, ao mesmo tempo em que o crescimento nos países desenvolvidos poderá ser moderado. A economia da Índia, movida por investimentos, estará entre as principais ganhadoras no próximo ano. A economia do Japão cresceu significativamente nos últimos quatro anos e deverá se expandir de forma consistente em 2008. Mas é provável que o ritmo de crescimento desacelere em 2008, à medida que os investimentos nas empresas - em alta nos últimos anos – forem mais moderados. Riscos ao crescimento aparecem indistintamente em 2008 Mercados financeiros. A crise no mercado financeiro que atingiu fortemente a economia mundial em agosto de 2007, representa, talvez, o risco mais significativo ao crescimento global em 2008. A crise foi originada no mercado de crédito imobiliário sub-prime dos Estados Unidos e se espalhou rapidamente por todo o mundo, demonstrando o quão interligados se tornaram os mercados financeiros. Instituições financeiras e investidores europeus detêm uma parcela significativa das hipotecas sub-prime dos Estados Unidos; assim, a Europa também sentiu a crise financeira dos Estados Unidos. Embora o Japão e a China sejam os dois principais detentores de títulos e valores mobiliários financeiros dos Estados Unidos, a sua exposição às hipotecas sub-prime americanas é relativamente pequena. Inflação.O aumento dos preços também ameaça o crescimento global em 2008. Após vários anos de forte crescimento econômico, os recursos produtivos chegaram, em muitos países, quase a seu limite. As taxas de desemprego caíram a níveis históricos e a utilização da capacidade produtiva aumentou, exercendo pressão sobre os preços. Essas pressões sobre os preços aumentaram a preocupação acerca da inflação. Em todo o mundo os preços dos alimentos também subiram consideravelmente. Um verão extremamente quente e seco fez com que as plantações de grãos sofressem na Europa, nos Estados Unidos e na Austrália. Conseqüentemente, o preço de um alqueire de trigo mais do que dobrou no último ano. Os preços de carne, leite e produtos lácteos também subiram, em parte devido ao aumento no custo da ração e do aumento da demanda da Ásia. Ainda, a expansão da produção de biocombustíveis, que desvia produtos da produção de alimentos, causou um aumento nos preços de matérias-primas tais como milho, soja e óleos utilizados em produtos alimentícios. Os países em desenvolvimento sentirão, de forma mais aguda, as conseqüências do aumento nos preços dos alimentos, os quais respondem por 35% a 40% do orçamento familiar. Os alimentos representam mais de 60% do orçamento familiar nos países africanos abaixo do Saara e 30% na China, mas apenas 10% nos Estados Unidos. Os países em desenvolvimento sentirão, de forma mais aguda, as conseqüências do aumento nos preços dos alimentos, os quais respondem por 35% a 45% do orçamento familiar. Os alimentos representam mais de 60% do orçamento familiar nos países africanos abaixo do Saara e 30% na China, mas apenas 10% nos Estados Unidos de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Entrementes, os preços do petróleo continuarão elevados, impulsionados pelo retardamento do crescimento da oferta e da sempre crescente demanda da China, Índia e dos Estados Unidos. Em uma nota positiva, o Banco Central de várias economias em desenvolvimento recentemente arrochou suas políticas monetárias para manter a inflação sob controle. Além disso, o arrefecimento das principais economias desenvolvidas deverá refrear as pressões inflacionárias no mundo industrializado. De acordo com o FMI, em 2008, os preços ao consumidor devem aumentar 2% nas economias desenvolvidas e pouco mais de 5% nos países em desenvolvimento. Preços no mercado imobiliário. A última década vivenciou um grande crescimento em investimentos imobiliários na maior parte do mundo desenvolvido e em desenvolvimento, mas a assim denominada bolha imobiliária mundial também representa riscos ao crescimento global. Em anos passados, Austrália, Irlanda, Tabela 2 Contribuição para o Crescimento do PIB Mundial 2008 França, Espanha e o Reino Unido testemunharam aumentos nos preços dos imóveis ainda maiores do que aqueles experimentados pelos Estados Unidos. Enquanto os preços nos Estados Unidos subiram 124% entre 1997 e 2006, os preços dos imóveis aumentaram, no mesmo período, 194% no Reino Unido, 180% na Espanha e extraordinários 253% na Irlanda. Vários fatores devem mitigar uma grande queda no preço dos imóveis em muitos países. Embora, em vários países, a imigração intensa e as restrições ao planejamento (inclusive quanto ao tamanho do lote, disponibilidade de terra e limitações ao desenvolvimento) tenham contribuído em grande parte para o aumento nos preços dos imóveis, esses mesmos fatores devem evitar quedas dramáticas desses preços. Ademais, a maioria dos países tem geralmente evitado a originação de hipotecas sub-prime ao estilo dos Estados Unidos e mantido padrões de crédito imobiliário que devem ajudar a tornar qualquer desvalorização imobiliária menos dolorosa. Ainda mais relevante, no Japão e na Alemanha, segunda e terceira maiores economias do mundo, os preços dos imóveis caíram nos últimos anos. Fonte: Unidade de Inteligência da The Economist Apesar de eventuais percalços, as perspectivas mundiais são positivas A deterioração dos mercados financeiros, o aumento da inflação, a potencial queda nos preços dos imóveis nas principais economias desenvolvidas e a demanda provavelmente menor por mercadorias estrangeiras por parte dos Estados Unidos representam riscos ao crescimento mundial no próximo ano. Apesar desses problemas, a perspectiva econômica mundial para 2008 é positiva. De modo geral, a contínua expansão econômica externa continuará a proporcionar suporte para o crescimento das exportações dos Estados Unidos. Este artigo foi escrito por Galina Alexeenko da seção regional do departamento de pesquisas do Federal Reserve Bank de Atlanta. As estimativas e previsões internacionais representam um consenso do setor privado ou perspectivas multilaterais, e não são estimativas e previsões do Federal Reserve Bank de Atlanta, ou do Federal Reserve System. 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